O sarampo, doença infecciosa que já esteve próxima de ser eliminada em diversos países, voltou a preocupar autoridades de saúde em todo o continente americano. A Organização Mundial da Saúde (OMS) emitiu um alerta diante do expressivo aumento no número de casos registrados recentemente em países da região, evidenciando um retrocesso nos índices de cobertura vacinal e o risco de novas epidemias.

Segundo o órgão, mais de 8 mil casos da doença foram notificados em 17 países das Américas somente no último período de monitoramento. Esse cenário alarmante reforça a urgência de retomar campanhas de vacinação e de ampliar a conscientização sobre a gravidade do vírus — altamente contagioso e potencialmente fatal, especialmente em crianças pequenas.

Especialistas alertam que a queda nas taxas de imunização, agravada pela desinformação e pelo impacto da pandemia de COVID-19 nos serviços básicos de saúde, criou um terreno fértil para o ressurgimento do sarampo. A OMS enfatiza que a única forma eficaz de conter o avanço da doença é por meio da vacinação em massa, recomendando a dose dupla da tríplice viral (sarampo, caxumba e rubéola), especialmente entre crianças.

No Brasil, o Ministério da Saúde já acompanha o movimento com atenção redobrada. Estados e municípios reforçaram campanhas de imunização nas escolas e unidades de saúde, com foco em grupos vulneráveis e regiões com baixa cobertura vacinal. A vigilância epidemiológica também foi intensificada, buscando identificar e conter rapidamente possíveis surtos locais.

O sarampo, embora muitas vezes subestimado, pode provocar complicações graves como pneumonia, encefalite e até levar à morte. O alerta da OMS serve como um chamado global à responsabilidade coletiva: proteger a si mesmo e à comunidade é um dever de todos.

Com o aumento dos casos, especialistas reforçam a necessidade de que pais, responsáveis e profissionais da saúde verifiquem os cartões de vacinação e garantam que crianças e adultos estejam com as doses em dia. Em um mundo cada vez mais conectado, a disseminação de doenças como o sarampo não conhece fronteiras — e o único escudo eficaz é a imunização.

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