A Igreja Católica, sob a liderança do papa Francisco, não apenas conduz questões espirituais, mas também administra um vasto patrimônio financeiro e imobiliário. A Administração do Patrimônio da Sé Apostólica (APSA), responsável pela gestão dos bens do Vaticano, registrou um lucro de 45,9 milhões de euros em 2023.

Os fundos sob administração foram aplicados em títulos internacionais, renda fixa e outros ativos financeiros. A APSA também presta consultoria financeira e auxilia os Dicastérios da Cúria Romana e outras entidades da Santa Sé no acesso aos mercados de capitais, buscando diversificação e minimização de riscos.

De acordo com o Vaticano, a estratégia de investimento seguiu uma abordagem equilibrada entre risco e retorno, priorizando liquidez e prazos reduzidos, em resposta à instabilidade econômica global.

No setor imobiliário, a APSA administra mais de cinco mil unidades, das quais 4.249 estão localizadas na Itália, sendo 92% na Província de Roma. Outras 1,2 mil propriedades estão distribuídas em cidades como Londres, Paris, Genebra e Lausanne.

A gestão imobiliária gerou um superávit de 35 milhões de euros, com receita operacional de 73,6 milhões de euros. A administração tem investido na modernização dos processos de locação, reduzindo prazos para novas ocupações e ajustando valores para refletir condições de mercado.

Atualmente, 19,2% dos imóveis da APSA são alugados a preços de mercado, 10,4% possuem aluguéis subsidiados e 70,4% são ocupados sem custo de locação. Para aprimorar a gestão, foi implementado um novo Regulamento de Locação, que redefine direitos e deveres dos inquilinos, além de revisar o algoritmo de cálculo do valor justo dos imóveis.

A modernização dos processos financeiros e patrimoniais reforça a busca do Vaticano por maior transparência e eficiência na administração de seus ativos, garantindo sustentabilidade econômica para a instituição mais antiga em funcionamento no mundo.

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